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Amigas: são as irmãs que escolhemos!

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Esta turma sabe valorizar as emoções!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sinfonia da Vida



No estofo inicial do universo
Quando o tempo começou a existir
Nos elementos que permitem a vida
Nas galáxias um berço a construir.
A força que rege essa imensidão,
Mostrou para cada estrela um caminho.
Localizando-me para nobre missão,
No sistema solar, com muito carinho.

Planeta privilegiado
Por deus amado
Existirá outro horizonte azul?

Exuberância de vida em várias eras
Terra cercada de pássaros e flores.
Inclinavam-se dóceis as grandes feras.
Saciadas, livres, viviam seus amores.

Milhões de anos convivendo em harmonia
Alguns humanos começaram a atravessar
"inteligência" desafinou a sinfonia.

O que vale é o lucro acumulado.
Acomodação, indiferença no ar.
Progresso saudável fica protelado.

Desenvolvimento é destruir o lar?
Do paraíso verde, equilibrado,
Haverá herança viva para legar?

Servi com zelo o pobre e o rico,
E os dois jogaram excrementos em mim.
Favoreci industriais e colonos,
E me inutilizaram mesmo assim.

Meu poder de renascer está morrendo.
Não gero mais vidas, não toque, cheiro mal.
É contagioso, desvie correndo.
A doença está em fase terminal.

Planeta privilegiado,
Por deus amado,
Envolto em poluído manto azul!

A minha parte sadia te visita
Com você fui e sempre serei amável.
Eu te amo, não peço nada em troca
Quero viver, para ver você saudável.

Ontem lá em casa, você buscava comidas.
Hoje eu não posso nem lhe convidar para sentar
mas da sua visita depende nossas vidas.

Lugar acolhedor, hoje evitado.
Meu endereço, você não vai nem lembrar.
No meio de entulhos, a contaminar
Moro no rio mais próximo, sem pescado.

Bom dia, de você preciso escutar
Perdão se faltei, você tem reclamado!
Sou água do teu copo, podes me salvar?


de João Pedrolin de Toledo

sábado, 28 de agosto de 2010

Da querida Malu!


INFINITO PARTICULAR: AS CORES QUE NÃO VEJO...:
"Do mar o azul
Das nuvens o branco
Da clorofila o verde
Do peito, às vezes, o pranto.
Das alfazemas os lilases
Da maçã o vermelho
Da rosa a co..."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sensual


Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado;
nos lábios, a volúpia ardente do teu beijo;
no quarto a solidão, desnuda, ainda te vejo,
a olhar-me com olhar nervoso e apaixonado...

Partiste!... Mas no peito ainda sinto a ânsia e o latejo
daquele último abraço inquieto e demorado...
- Na quentura do espaço a transpirar pecado,
Ainda baila a figura estranha do desejo...

Não posso mais viver sem ter-te nos meus braços!
- Quando longe tu estás, minha alma se alvoroça
julgando ouvir no quarto o ruído dos teus passos...

Na lembrança revejo os momentos felizes,
e chego a acreditar que a minha carne moça
na tua carne moça até criou raízes!...

( J. G. de Araujo Jorge - coletânea -
in "Poemas do Amor Ardente" 1961 )

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Das Utopias


Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana - Espelho Mágico

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Liberdade


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro pra ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha quer não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.

Fernando Pessoa - 16/3/1935

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Insônia


À noite, quando a sós, em meu quarto, me ponho
a pensar no destino que nos quis unir,
não sei se acreditar se isso é verdade ou sonho...
- e fico horas a fio, em luta, sem dormir...
Não devia jamais na vida ter cruzado
meu caminho com o teu, e na alma, alguém me diz:
não terás o teu sonho um dia realizado
porque não poderás com ela ser feliz...

Cruel pressentimento... à noite, quando a sós
estou, na insônia inquieta que me aquece o leito,
é que julgo escutar o poder dessa voz
que vive no meu ser, no âmago do peito...

Tic-tac...Tic-tac...Tic-tac...

É o relógio a pulsar, é a minha solidão
não posso te esquecer, e dentro em mim, bem vejo
há um mundo material nessa paixão
e um pouco de pureza dentro do desejo...

Tic-tac...Tic-tac...Tic-tac...

É o tormenta das noites sem fim
quando ouço passar, segundo por segundo...
Há um relógio também a bater dentro de mim
imitando em meu peito os relógios do mundo...

Tic-tac...Tic-tac...Tic-tac...

Através a vidraça a manhã vem surgindo,
e a luz vencendo a treva enche o quadro de calma...
Após a noite escura há sempre um dia lindo,
e nunca vi surgir a aurora na minha alma...


( Poema de J. G . de Araujo Jorge
do livro "Meu Céu Interior" - 1934)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Simultaneidade


- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta. (Mario Quintana)

domingo, 8 de agosto de 2010

Hoje estou triste


Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...

Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...

Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?

Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!


( Poema de JG de Araujo Jorge
" O Poder da Flor " - 1969 )

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As Borboletas


Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas


Borboletas brancas

São alegres e francas.


Borboletas azuis

Gostam muito de luz.


As amarelinhas

São tão bonitinhas!


E as pretas, então . . .

Oh, que escuridão!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Súplica


Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.
O meu colo é arrninho imaculado
Duma brancura casta que entontece;
Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!
Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d'astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz alcatifa, oh faz, de meus cabelos!
Os meus braços são brancos como o linho
Quando os cerro de leve, docemente...
Oh! Deixa-me prender-te e enlear-te
Nessa cadeia assim etemamente! ...
Vem para mim,amor... Ai não desprezes
A minha adoração de escrava louca!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!...
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