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Amigas: são as irmãs que escolhemos!

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

De Cara Lavada


DE CARA LAVADA - 177

hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos

o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos

a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos

a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos

aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos

Martha Medeiros




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Refúgio




Respiro entre os pingos do chuveiro

Busco ali, o descanso para meu coração.

fecho os olhos lágrimas se misturam aos pingos,

Tão frias lágrimas...

Até quando molharas minha face?

Será que já não basta me ver afogada em meu coração malogrado?

Acreditei na ilusão!

Admito, mas foi por querer ser amada , nada mais que amada.

Porventura por essa desventura viverei eu em devaneio

entre pingos quentes de chuveiro,

tentando aquecer lágrimas frias como navalha

a cortar o que restou de meu ser?!

Amanhã será um novo dia,

algodão de amor secará lágrimas que não são minhas.

Daqui:



*Título: Refúgio
*Categoria: Poesias de amor
*Autora: Claudynha
*Site: Mundo das Poesias



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

É Preciso Não Esquecer Nada




É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles




domingo, 12 de agosto de 2012

Dona Joaninha


Sempre que encontro uma Joaninha,
lembro de uma amiguinha!
Rejane é o nome dela,
mas é conhecida por Chica!
Ela não é a Gabriela,
mas é muito amada
por quem lê seus blogs
e sempre ganha uma dica.
Sempre dou uma escapadela,
pois ler seus textos
é encontrar talento de colherada.

*Comentário em forma de versos que fiz num dos blogs da Chica:
Vendo as Cores da Vida.




quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Flores nos Cabelos


Mais um lindo soneto do querido amigo Machado de Carlos que eu trouxe do Facebook.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

José


JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Meu pai


Meu pai...
O meu coração amanheceu amargurado,
E está sentindo muita dor.
Meu pai...
Eu acordei triste, e desolado,
Eu preciso muito do senhor...
Meu pai...
Quero o seu conforto nessa hora,
Nesse instante de amargura.
Tire de mim a tristeza, e leve embora,
Me salve dessa clausura...
Meu pai...
Eu preciso muito de você,
E quero a tua proteção.
Eu quero paz quero ter,
A tua salvação.
Meu pai põe sobre mim
A tua mão.

Odias Pereira

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