Sou um trabalhador braçal,
Das mãos calejadas,
Corpo empoeirado, suado,
Por não ter estudo, faço de tudo.
Preparo a massa, o traço,
Amarro o estribo com arame recozido.
Preparo as colunas para o concreto,
Corto e moldo ferro.
Sou o ajudante, pião auxiliar,
Da arte da laje armar,
Preparo as estroncas,
Do escorar.
Carrinhos de areia, pedras, cimento,
Transporto e arrumo tudo no lugar,
Blocos, pisos, revestimentos,
Muita cautela para não quebrar.
Sou a força bruta das obras,
Vítima frequente de acidente,
Sou o pião do mandado,
Nem sempre valorizado...
Oh trabalhinho duro!
Marina Gentile