Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
5 comentários:
Essa poesia é linda demais!Comove no fundo da alma!Excelente escolha,Soninha!Bjs,
Olá Sônia
Drummond tem poemas para cada situação, esse para as mães é lindo . Porque Deus permite que as mães vão-se embora?
Beijos
Sensacional.
Parabéns por tanto capricho e respeito pelos seus leitores.
Obrigado amada.
Beijokas.
Eu amoooo...esta poesia!
Bem lembrada aqui, e pertinho do aniversário de todas nós mamães.
Muitos beijos Soninha!
Parabéns Soninha,
bela escolha, este poema do Drummond, fala com muito respeito do valor de uma mae.
Beijos com carinho.
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