DE CARA LAVADA - 177
hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos
o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos
a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos
a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos
aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos
coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos
Martha Medeiros
3 comentários:
Soninha,sempre lindas tuas escolhas!Poesia de um triste momento!bjs,
Muito linda,Soninha!! Que teu fds seja ótimo! beijos,chica
Marta é sensacional!
Soninha seu blog Pimentinha deve estar desconfigurada...Ele não carregou todos os elementos e, eu não consegui achar onde comentar! Veja lá amiga...alguma coisa aconteceu!
Beijão
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